Angariação de Fundos: Apoia a minha Liberdade em Amesterdão

Olá, amigos.  

Há um mês recebi uma mensagem inesperada, daquelas que em 26 anos de vida nunca havia recebido. O meu primo, do Porto, do nada, convidou-me para ir passar os seus anos a Amesterdão. Nunca ninguém me havia convidado para uma viagem (sim…), muito menos para fora do país. Tal como eu não estava à espera do convite, muitos menos ele estava à espera que eu dissesse sim.  

Fiquei de tal forma eufórica que no dia a seguir, não consegui trabalhar nada de jeito (felizmente estava em casa). Foram 3 dias de grande adrenalina. Pesquisar voos, convencer a minha antiga AP para ir comigo, tentar que os meus pais não falecessem de stress e olhar com atenção para o calendário. Assim que tive a confirmação da AP, avancei logo com a compra dos bilhetes de avião.  

Foi um impulso consciente. Impulso, porque estava com a adrenalina on fire, consciente porque passei horas e horas, e mais horas, a recolher informação sobre as acessibilidades, condições, preços, soluções de estadia, etc.  

 E a verdade é esta: vou mesmo a Amesterdão em abril! (berros)

Para os mais atentos, em setembro de 2022 fiz a primeira viagem sem os meus cuidadores naturais (os meus pais) ou qualquer suporte familiar. Em conjunto com o Centro de Vida Independente, fui a Bruxelas participar na Freedom Drive da ENIL. Tive a “sorte” de ir numa viagem financiada, pelo que não tive de pagar nem as minhas despesas, nem as despesas da minha assistente. 

Nesta viagem a Amesterdão, o caso muda de figura. Além das minhas despesas que irei, naturalmente, pagar, como qualquer outro cidadão, terei de pagar tudo a dobrar para que eu possa levar uma segunda pessoa comigo.

É discriminatório. É injusto. E devia ser crime.  

Sei que fazer uma angariação de fundos é arriscar-me a ser incompreendida e considerada caprichosa, ou outro qualquer adjetivo pejorativo. Sei que não conseguirei controlar a opinião de todas as pessoas e sei que isto irá passar ao lado de muita gente. 

Mas, ainda assim, do alto da minha ingenuidade e fé nas pessoas, ainda acredito que vale a pena pedir ajuda, quando o estado português nos/me falha. 

Coisas importantes a ter em conta

  • Ao todo, vou gastar mais de 3000€ nesta viagem. As minhas despesas serão totalmente pagas por mim. Trabalho para isso!
 
  • O valor pedido (1500€) é APENAS e somente relacionado com despesas da minha AP, que não são suportadas pelo governo. Nomeadamente, viagens de avião, estadia, alimentação, transportes, entre outros. Pretendo ser transparente convosco e partilhar concretamente as despesas e as razões por trás de cada escolha. Felizmente, a maioria dos sítios de lazer em Amesterdão (museus, parques, etc.) não cobra a entrada de um AP;
 
  • A minha AP vai TRABALHAR. Vai estar a receber, do estado, para me dar assistência;
 
  • A minha AP é formada em Assistência Pessoal e Terapia Ocupacional;
 
  • Tenho 94% de incapacidade física. Preciso de assistência pessoal para realizar as minhas atividades diárias, inclusive em momentos de lazer, como viajar. Precisar de assistência não é uma escolha, é uma NECESSIDADE.

Se com toda esta informação, acham que podem ajudar, nem que seja com 1€, ou com uma partilha, deixo aqui o link do GoFundMe. Lá, poderão doar e saber mais sobre esta campanha. 

Dica: a plataforma GoFundMe vive das comissões cobradas nas doações. Contudo, não é obrigatório pagar esta taxa. Aqui vai o truque:

Alternativamente, podem entrar em contacto comigo (Instagram / E-mail) se pretenderem fazer donativos através de MBWay ou Transferência Bancária.

Em troca, comprometo-me publicamente a divulgar todos os detalhes da viagem e fazer uma espécie de reportagem sobre as acessibilidades e desafios de Amesterdão. 

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Raquel Banha

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